sábado, março 22, 2008

Características de um Bom Projeto



Desde a perspectiva de desenvolver um projeto e até a sua conclusão muitos serão os pontos a serem apresentados, convencidos, desenvolvidos, medidos e aplicados para a sua implantação, manutenção e continuidade.

Para cada programa, há uma distribuição de responsabilidades e de contrapartidas para o Município, cabe a este estudar minuciosamente todas as etapas e o comprometimento da administração local para que o projeto obtenha êxito quando da sua execução.

Como nas mais diversas atuações públicas, privadas e até pessoais, antes de tudo é preciso planejamento e conhecimento do que se quer desenvolver.


Portanto é importante ter em mente que seu projeto é uma idéia que deve ser vendida em toda a sua abrangência:


a) dentro da prefeitura, em conjunto com outras secretarias que também poderão contribuir para o seu desenvolvimento e sucesso, por meio da integração de iniciativas e ações;

b) na comunidade, convencimento de que o projeto pode dar certo e que trará mudanças favoráveis frente a atual situação;

c) junto ao agente financiador, pois é preciso saber dizer “eu quero fazer e eu sei fazer”.

Mas o que é preciso para vendermos um bom projeto? O que um projeto precisa ter, inicialmente, para ser vendido? Abaixo, relacionamos algumas qualidades para que um projeto seja consistente, responsável e adotado. Um projeto deve:

a) ser organizado e bem identificado;

b) ter foco bem definido;

c) atender objetivamente às exigências do agente financeiro, elaborado de acordo com a fonte da qual se vai captar o recurso;

d) apresentar avaliações e diagnóstico baseados em pesquisas, dados concretos e estudos que traduzam de maneira clara a real situação-chave em que se está e a qual é o foco do projeto;

e) esclarecer os benefícios futuros da aplicação do projeto, sempre demonstrando dados concretos;

f) justificar sua real necessidade e que sua implantação/execução dará certo, promovendo mudanças na comunidade-alvo;

g) fixar um cronograma de execução viável;

h) estabelecer que o projeto seja firmemente acompanhado em cada etapa, com avaliação permanente da execução do trabalho, a fim de ter sempre seus índices de medição para uma possível readequação. como “pós-execução”, o projeto também deve inserir características que validem sua autosustentabilidade para demonstrar sua garantia de continuidade – item, por vezes, precário nas administrações municipais.

Fonte: http://www.cnm.org.br/v10/caracteristicas_bom_projeto.asp

I Need to Wake Up - Melissa Etheridge [Legenda em Português] - Uma Reflexão Musical sobre a Crise Ambiental no Planeta - Uma Verdade Inconveniente...

domingo, março 16, 2008

Financiamento do FIES vai até 100% da mensalidade

Uma antiga aspiração de milhares de estudantes universitários do Brasil torna-se agora realidade. É que o governo federal sancionou, nos últimos dias, a lei nº 11.552 que altera dispositivos do Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior), permitindo o financiamento de até 100% da mensalidade. Antes, o valor estava limitado a 50%. Com essa medida, além de possibilitar o financiamento integral das mensalidades e ampliá-lo para mestrandos e doutorandos, o substitutivo define o pagamento de taxas de juros diferenciadas. O fundo também passará a oferecer seis meses de carência, contados a partir da data de conclusão do curso, para que o estudante comece a quitar o crédito — antes, não havia carência. Aos poucos, podemos ver sair das boas intenções para a ação a meta de tornar acessível o ensino superior ao maior número possível de jovens brasileiros. Afinal, educação é um direito de todos e nenhum esforço pode ser desconsiderado para se alcançar tal objetivo. O futuro da sociedade depende da educação de seus cidadãos.

O QUE É PENSAR

Tenho ouvido muitas vezes: “aqui ninguém pensa”, porque não somos do “tipo pensamento”; frase esta que tem estado continuamente presente, principalmente quando se trata de apresentações de seminários de psicologia. Será que pensar é algo tão difícil? Como agimos quando não pensamos? Embasei este pequeno artigo no texto de Heidegger: Che cosa significa pensare?
Podemos começar a compreender o que significa pensar quando nós mesmos pensamos. Todavia, pode acontecer que alguém queira ou não pensar. Ser capaz (de pensar) significa deixar que algo chegue a nós no seu ser, e permitir constantemente este acesso. Ocorre que deixamos vir a nós, de modo geral, apenas o que nos apraz, aquilo a que somos apegados. O que amamos, que nos apraz verdadeiramente, é apenas aquilo de já nos amou primeiro, na nossa essência, o que significa que temos uma inclinação para tal. Dizer inclinação significa “voltar-se para a palavra” o que quer dizer literalmente, conforto, encorajamento. Quando esta palavra se encontra em nós, em relação à nossa essência, nos atrai para a essência e nos mantém nela. “Ter” significa aqui, propriamente “conservar”. O que se tem em essência, tem-se apenas a fim de que nós possamos pensar, isto que temos. Conseguimos pensar se conseguimos reter na memória. Diz-se que a memória é o re-colher-se do pensamento. Recolher-se em que? Recolher-se no que temos essencialmente, isto é, na medida em que tomamos algo em consideração.
Apenas quando amamos aquilo que está sendo considerado, só então somos capazes de pensar. Ou seja, na medida em que damos atenção ao que está sendo considerado. Considerar quer dizer, ter interesse.
Inter-essere significa: estar entre e por entre as coisas, estar em meio a algo e perseverar. O que ocorre é que para o tempo moderno, o que interessa é apenas o interessante. Interessante é aquilo que, passados alguns instantes, torna-se indiferente, sendo que o “interessado” passa para uma outra coisa, que importa tanto quanto a primeira, não há perseverança, na coisa que parece interessar.
Acredita-se que, para que algo seja interessante, seja preciso conferir-lhe um campo particular. Na realidade, com um tal juízo o que se faz é rebaixar o interessante ao nível do indiferente, para repeli-lo até o nojo. Tudo é interessante, mas nada interessa!
O campo onde o pensamento se desenvolve é a filosofia, o que não significa, que qualquer interesse pela filosofia, seja já uma ativa disposição ao pensar. Quer dizer que, por mais que, durante anos nos dediquemos a entender determinados escritos ou tratados de grandes pensadores, estejamos preparados para compreender o pensar.
O que pode ser considerado, é o que “dá o que pensar”. O fato de que nós ainda não pensamos, deriva pois de que, aquilo que dá o que pensar, se desvia, ele mesmo, do homem. Então nos perguntamos: como e quando tal desvio acontece. Parece que, o que dá a pensar, permanece sempre como que distraído. Tal distração ocorre apenas quando algo esteve antes, próximo, num voltar-se para... Uma coisa é fato: isto que estamos falando, não tem nada a ver com a ciência, pois a ciência não pensa, o que não significa um defeito da ciência mas sim, uma vantagem.
Esta afirmação, para a mentalidade comum, é um escândalo! De que se trata? Não há uma ponte que conduza da ciência ao pensamento, a única passagem possível é o salto! O lugar para onde esse salto conduz não é apenas o outro lado do abismo mas, a uma região totalmente diversa. O que nesta, se torna visível não é qualquer coisa que se possa de alguma forma demonstrar, se por demonstração se entende o fato de derivar enunciados concernentes a um certo estado de coisas de premissas apropriadas, através de uma concatenação de raciocínios. Quem pretende demonstrar, não julga segundo um rigoroso e superior critério do saber. Ele simplesmente calcula com base em uma certa medida, e a uma medida inadequada.
Em nossa época, não pensamos. Não pensamos porque aquilo que dá o que pensar, se desvia do homem e não tanto porque o homem não se volta o bastante, ou seja, não dá atenção o bastante ao que pensa. Deste modo, aquilo que se desvia, que se subtrai, se distancia de nós. Mas, justamente por isso, leva-nos consigo, para o seu mundo, em sua direção. Então, isto que se retrai, que se desvia, aparentemente, parece ausente. Esta aparência engana. Nós já estamos indo em direção àquilo que, nos atrai enquanto se subtrai. Então, enquanto estamos indo, atraídos em direção àquilo que se subtrai, somos nós mesmos quem apontamos aquilo que subtrai, e, apontando, nós somos, nossa própria essência. Assim, por exemplo em sua poesia Hölderlin escreve:
“Um sinal, nós somos, que nada indica”. Como pensar, este poema? Como poeta ou como pensador? E este outro?
“Wer das Tiefste gedacht, liebt das Lebendigste...”
[ quem pensou o pensamento mais profundo, ama o mais vivo...] em outras palavras, quer nos levar a ver que: o amor fundamenta-se sobre o fato de que tenhamos pensado o pensamento mais profundo. Este “ter pensado” nasce provavelmente daquela memória em cujo pensar se funda também a poesia e com ela todas as artes. Repensemos: o que significa pensar? Por exemplo: o que significa nadar, não podemos aprender em um tratado, mas apenas nadando. É apenas na água que podemos conhecer o elemento no qual o nadador deve mover-se. Mas qual é o elemento no qual se move o pensamento?
Admitindo-se que a afirmação de que nós ainda não pensamos seja verdadeira, isto significa que o nosso pensamento ainda não se move no seu elemento próprio, e isto porque, o que dá a pensar, se subtrai. O que de tal modo, se nega e se retrai, permanece portanto, não pensado ainda que se admita a feliz hipótese de que se possa ter um pressentimento claro do que se trata.
Assim, resta-nos apenas uma coisa: esperar que o que dá a pensar, volte-se para nós. Mas esperar significa aqui, esperar de olhos bem abertos, procurando, naquilo que já foi pensado, o caminho até o não pensado, que se esconde no já pensado. A questão é: onde e como devemos distinguir, em geral, aquilo que antes de mais nada, e sempre, se dá a pensar ao homem? Como pode isto que é o mais considerado, mostrar-se a nós? Já sabemos em qual elemento o pensar se move? O traço fundamental do pensamento tem sido até hoje o perceber. A faculdade relativa se chama razão. O que a razão percebe? Em que elemento se mantém a percepção de modo que, mediante o perceber, ocorra um pensamento? Perceber significa: notar alguma coisa presente, e notando pró-pô-la e assumi-la como presente. Este perceber pro-ponente é um re-presentar, no sentido simples, amplo e ao mesmo tempo essencial, onde nós deixamos pousar e erguer-se a coisa presente diante de nós, na sua posição própria. Daí o grande salto no escuro. O que o pensamento enquanto percepção percebe é o presente na sua presença! Daí é que o pensamento toma a medida que constitui a sua essência como percepção. O pensamento é assim, a apresentação do presente, que nos confia o presente na sua presença e deste modo, coloca-o diante de nós. O pensamento enquanto apresentação, conduz a coisa presente à sua relação conosco, estabelece-a em referência a nós. A apresentação é assim re-presentação. A palavra representação é o termo que veio mais tarde de modo corrente, para indicar aquilo que foi, o re – presentar.
O caráter fundamental do pensar é o representar. No representar se desenvolve o perceber. O representar mesmo é re-apresentação. Mas porque o pensar reside no perceber? Porque o perceber se desenvolve no representar? E porque o representar é re-apresentação? Parece simples. O representar oculta-se em um fenômeno pouco aparente, o ser, que então aparece como presença. Ser significa presença. Presente é isto que dura, que se desenvolve chegando ao desvelamento e permanece. Em termo modernos, quando nós representamos os objetos na sua objetividade, nós já pensamos. Mas nós todavia, ainda não pensamos verdadeiramente. Aquilo que dá a pensar, permanece, retirado, oculto. Por isso o nosso pensamento não está ainda no seu próprio elemento. Nós ainda não pensamos autenticamente.

Texto baseado em M. Heidegger, Saggi e discorsi. Mursia, 1976.
Sonia R. Lyra - Crp 08/0745.


domingo, agosto 26, 2007

CERCA DE 50 MIL PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DÃO ULTIMATO A SERRA


Professores ocupam as ruas de São Paulo

Nesta sexta-feira, 24, cerca de 50 mil profissionais da Educação (professores, funcionários, supervisores e diretores de escola) ocuparam as ruas do centro da Capital para rechaçar o plano de metas lançado pelo governo estadual. Demonstrando capacidade de luta em defesa da escola pública de qualidade e da valorização dos profissionais, as categorias realizaram um grande ato na Praça da Sé, seguindo em passeata até a Praça da República, sede da Secretaria da Educação.

Durante a atividade, os profissionais deram um ultimato ao governador José Serra: se não abrir negociação, é greve! As propostas apresentadas pela Secretaria da Educação foram consideradas paliativas e não garantem a valorização dos profissionais e a qualidade do ensino público.

Um novo calendário de luta foi aprovado por aclamação durante o ato para pressionar o governador a atender as reivindicações da Educação. (veja box)
Em 29 de agosto, as categorias paralisarão as atividades e participarão da aula pública convocada pela CNTE como parte das lutas em defesa do Piso Salarial Nacional.

Em 14 de setembro, os profissionais realizarão assembléia conjunta com indicativo de greve. É imprescindível a participação de todos! Vamos reforçar a luta contra os ataques do governo, demonstrando, mais uma vez, a capacidade de mobilização em defesa da escola pública de qualidade.


Calendário de luta dos profissionais da Educação

*Atos Regionais
31.08.07 – Taubaté
05.09.07 - Piracicaba
11.09.07 – Marília


*Aula Pública
29.08.07 - Praça da República

Temas:
APEOESP: Financiamento/ Sistema Público de Educação
AFUSE: Valorização Profissional e Formação
APAMPESP: Previdência /Valorização dos Aposentados
APASE: Políticas Públicas de Educação
UDEMO: Melhoria da Educação Pública
CPP: Dignidade dos Trabalhadores em Educação


*Acampamento
10,11,12 e 13.09.07 => em defesa da educação e da pauta unificada


*Assembléia Unificada da Educação, com indicativo de greve: 14.09.07

Fonte: http://www.apeoesp.org.br/fax_urgente_2005/frame.htm

Participe: Este espaço também é Seu!


"Quando estamos sós, nada tem sentido, nada dá certo, nada tem graça... Mas quando estamos juntos, tudo ganha cor, tudo é possível, tudo ganha vida! Mande seus textos, sugestões, idéias e projetos. Junte-se a Nós!
Apenas nossa União pode indicar o Melhor Caminho a seguir."


UNIPROFES - 2007
E-mail: uniprofes_ubatuba@hotmail.com

Projetos tentam combater a falta de moradia no País



No Brasil, a exclusão social se mostra das mais diversas formas. São pessoas que não têm acesso à educação de qualidade, à saúde eficaz, e a falta de moradia é mais um problema enfrentado pela população de baixa renda. Ter um lugar digno para morar é uma questão básica e possibilitar isso ao ser humano é garantir também sua cidadania.

Como alternativa para amenizar a situação, existem projetos habitacionais que proporcionam às famílias de baixa renda a possibilidade de adquirirem a casa própria. A medida é importante, pois quando não se tem acesso a um lugar digno para viver, a população acaba recorrendo às favelas ou a outras zonas de risco.

Por este motivo, no Ministério das Cidades existe a Secretaria Nacional de Habitação, que trabalha para implementar a Política Nacional de Habitação. Trata-se de um programa que tem entre seus objetivos universalizar o acesso à moradia digna, atendendo à população de baixa renda, democratizando o acesso à terra urbanizadas, com geração de emprego e renda.

A Secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães, defende não só a construção de moradias, mas que ela seja feita num lugar adequado. “É importante que as pessoas tenham acesso à terra urbanizada de boa qualidade, com infra-estrutura, com acesso à transporte, e essa tem sido a diretriz básica que o Ministério vem seguindo”.

No Ministério das Cidades existem programas que atuam na promoção de moradias dignas, como o Resolução 460, que proporciona moradia gratuita para famílias de baixa renda (que recebem até três salários mínimos) com ações integradas entre o Governo Federal e as prefeituras e o PAR (Programa de Arrendamento Residencial). O programa tem parceria com a Caixa Econômica Federal e proporciona moradia à população de baixa renda, sob forma de arrendamento residencial com opção de compra.

Inês Magalhães afirma que o Governo e a Secretaria procuram “de um lado focalizar a aplicação do recurso público ou sobre gestão pública na baixa renda e, de outro lado, aumentar a possibilidade do mercado produzir para a classe média”.

Por outro lado, existem projetos governamentais já extintos, como é o caso do BNH, Banco Nacional da Habitação. Criado em 1964, o BNH realizava operações de crédito sem trabalhar diretamente com o público e era gestor do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o FGTS. O programa já foi a principal instituição federal de desenvolvimento urbano da história do País e, segundo a Secretária Nacional da Habitação, quando foi extinto por um decreto presidencial em 1986, o BNH deixou um vazio institucional no setor da habitação.

Para suprir esta necessidade, o Governo criou o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social para atuar com o Fundo Nacional e criar um diálogo entre os três níveis de Governo (federal, estaduais e municipais), articulando políticas e programas habitacionais e retomando a questão do planejamento da ação.


Programas Estaduais

O investimento em projetos habitacionais não cabe apenas ao Governo Federal. Existem outros programas estaduais que atendem à população de baixa renda.

A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) é um exemplo de programa que visa promover a política habitacional. Seu objetivo é a melhoria da qualidade de vida das pessoas, bem como a construção da cidadania e inclusão social dos beneficiados. A CDHU é o agente promotor e financeiro da política habitacional do governo do Estado. Desde sua criação, em 1989, já construiu e comercializou mais de 300 mil moradias.

A empresa oferece um prazo para o financiamento dos terrenos, que pode ser de até 30 anos, e a prestação é paga de acordo com a renda das famílias. Para ser mutuário da companhia é preciso receber de um a dez salários mínimos.

O valor dos imóveis varia de acordo com sua localização. No município de São Paulo é mais caro porque a companhia tem que desapropriar ou comprar o terreno, ou alguém tem que fazer uma doação. No interior é mais fácil porque, geralmente, os terrenos são doados pelas prefeituras.

O Governo do Estado de São Paulo lançou ainda um outro projeto habitacional, o Pró-Lar, que já entregou mais de 23 mil unidades habitacionais. Dentro dele, existem outros subprogramas: o Autoconstrução, uma parceria com prefeituras de cidades do interior paulista na qual quem constrói a moradia é o próprio mutuário; e o Mutirão Associativo, no qual a construção de moradia é feita em forma de mutirão em parceria com Entidades Comunitárias cadastradas na CDHU.


Terceiro Setor

A preocupação de atender às famílias de baixa renda, oferecendo condições de elas terem sua moradia não é só do Governo. Organizações não-governamentais também têm projetos que defendem o acesso à habitação e desempenham um papel importante neste setor.

Um exemplo é a ONG Moradia e Cidadania, que tem como objetivo promover a cidadania para a população socialmente excluída, por meio da educação e da geração de trabalho e renda e do apoio a ações de combate à fome e à miséria.

De acordo com a gerente nacional da instituição, Roseane Coelho Braga, é uma questão básica a pessoa ter acesso à moradia, saúde, educação. Ela acrescenta, ainda, a importância do papel desempenhado pelas ONGs na garantia à cidadania. Segundo ela, o Governo sozinho não consegue atender a todas as pessoas e resolver o problema da exclusão social.

A organização não só constrói como também melhora casas de algumas regiões do Brasil. A ONG já entregou imóveis no Distrito Federal, em Santa Catarina, melhorou casas de Pernambuco construindo banheiros em 295 moradias. No Amazonas, ela tem uma parceria com o Ibama e as casas são feitas com madeiras apreendidas na região.

As moradias são construídas utilizando tecnologias ambientalmente corretas. É o caso do solo-cimento, no qual é utilizado o solo do local para fazer tijolo. Roseane explica que o processo é bom para o ambiente, pois não usa a queima do tijolo, que contribui para a deterioração da camada de ozônio.


Para saber mais

Sites relacionados ao tema moradia

Site do Ministério das Cidades, que promove programas relacionados à habitação

Site da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo

Site da ONG Moradia e Cidadania, que constrói moradias em todo o País

Texto: Camila Oliveira

Fonte: http://www.metodista.br/cidadania/numero-35/projetos-tentam-combater-a-falta-de-moradia-no-pais


Fazendo um Projeto




Euripedes M. de Oliveira Neto*


A elaboração de um projeto é uma previsão, deve conter um objetivo geral, objetivos específicos, atividades, plano de implementação, monitoramento , avaliação e resultados esperados. As atividades estarão relacionadas aos objetivos específicos, que por sua vez deve atender o objetivo geral do projeto.

Um projeto pretende atingir a uma população alvo prioritária ou primária podendo também beneficiar a uma população alvo secundária.


Objetivo Geral

É a ação mais distante, a mais longe, o ponto de partida para todas as ações do projeto.


Objetivos específicos

É a resposta desejada da população alvo, devem prever resultados quantificáveis. Define o tempo; o número de pessoas e a faixa etária.

• Responde as perguntas: O que? Quando? Quanto?
• A quem pertence a ação do verbo? Resp. a população alvo do projeto, não a instituição
• Resultado: mudança e ou benefício que se deseja ou se propõe para a população alvo.
• Mudanças: conhecimento 75% (ou mais); atitude 50% (mais ou menos); comportamento 25% (ou menos) religião, conceitos sociais.
• Os resultados esperados estão diretamente lincados aos objetivos específicos.
• * não confundir objetivos específicos com resultados.


Plano de implementação

Ações para se alcançar determinado objetivo específico, identifica o tempo de execução de cada atividade.


Monitoramento e avaliação

São os indicadores, medidas operacionais para realização de uma atividade ou de um objetivo específico. Permitem medir o grau de alcance do resultado.
• Passos necessários para a realização de uma atividade que se sustenta com base em dados quantificáveis.


Resultados esperados

Acontecem a partir dos processos estabelecidos para a realização de uma atividade.
• Quantificam o resultado da atividade na população alvo.
• Instrumento que atesta a execução da atividade e que definam formas de comprovar o efeito conseguido na população alvo.


Processo de Gestão de Projetos

1. Planejamento
2. Programação
3. Execução
4. Monitoramento
5. Avaliação

Obs 1.: Organizar ações humanas para alcançar objetivos, depois monitorar
Obs 2.: Todo projeto tem um coordenador, que é o responsável pelo projeto, responde pelo projeto, é o visado, é o checado quanto ao andamento das atividades e no momento de avaliação.


* Euripedes M. de Oliveira Neto - Centro de Voluntariado/Voluntários Candangos -
Assesoria da Coordenação de Projetos e Captação de Recursos).

Fonte: http://www.protagonismojuvenil.org.br/portal/cfp.asp

sábado, agosto 25, 2007

Organizando o Currículo por Projetos de Trabalho



R
eorganizar o currículo por projetos, em vez das tradicionais disciplinas. Essa é a principal proposta do educador espanhol Fernando Hernández*. Ele se baseia nas idéias de John Dewey (1859-1952), filósofo e pedagogo norte-americano que defendia a relação da vida com a sociedade, dos meios com os fins e da teoria com a prática. Hernández põe em xeque a forma atual de ensinar. "Comecei a me questionar em 1982, quando uma colega me apresentou a um grupo de docentes", lembra. "Eles não sabiam se os alunos estavam de fato aprendendo. Trabalhei durante cinco anos com os colegas e, para responder a essa inquietação, descobrimos que o melhor jeito é organizar o currículo por projetos de trabalho."

O modelo propõe que o docente abandone o papel de "transmissor de conteúdos" para se transformar num pesquisador. O aluno, por sua vez, passa de receptor passivo a sujeito do processo. É importante entender que não há um método a seguir, mas uma série de condições a respeitar. O primeiro passo é determinar um assunto — a escolha pode ser feita partindo de uma sugestão do mestre ou da garotada. "Todas as coisas podem ser ensinadas por meio de projetos, basta que se tenha uma dúvida inicial e que se comece a pesquisar e buscar evidências sobre o assunto", diz Hernández.

Cabe ao educador saber aonde quer chegar. "Estabelecer um objetivo e exigir que as metas sejam cumpridas, esse é o nosso papel", afirma Josca Ailine Baroukh, assistente de coordenação da assessoria pedagógica da Escola Vera Cruz, em São Paulo. Por isso, Hernández alerta que não basta o tema ser "do gosto" dos alunos. Se não despertar a curiosidade por novos conhecimentos, nada feito. "Se fosse esse o caso, ligaríamos a televisão num canal de desenhos animados", explica. Por isso, uma etapa importante é a de levantamento de dúvidas e definição de objetivos de aprendizagem.

O projeto avança à medida que as perguntas são respondidas e o ideal é fazer anotações para comparar erros e acertos — isso vale para alunos e professores porque facilita a tomada de decisões. Todo o trabalho deve estar alicerçado nos conteúdos pré-definidos pela escola e pode (ou não) ser interdisciplinar. Antes, defina os problemas a resolver. Depois, escolha a(s) disciplina(s). Nunca o inverso. A conclusão pode ser uma exposição, um relatório ou qualquer outra forma de expressão. Para Cristina Cabral, supervisora escolar da rede pública, a proposta é excelente, mas é preciso tomar cuidado porque nada acontece por acaso. "O tratamento didático é essencial ao longo do processo", destaca.

É importante ainda frisar que há muitas maneiras de garantir a aprendizagem. Os projetos são apenas uma delas. "É bom e é necessário que os estudantes tenham aulas expositivas, participem de seminários, trabalhem em grupos e individualmente, ou seja, estudem em diferentes situações", explica Hernández. Vera Grellet, psicóloga e coordenadora de projetos da Redeensinar, concorda. "O currículo tradicional afasta as crianças do mundo real. A proposta dele promove essa aproximação, com excelentes resultados."


* Fernando Hernández

Doutor em Psicologia e professor de História da Educação Artística e Psicologia da Arte na Universidade de Barcelona. Tem 50 anos e há 20 se dedica a lutar pela inserção dos projetos de trabalho na escola.

O que ele diz

A organização do currículo deve ser feita por projetos de trabalho, com atuação conjunta de alunos e professores.

As diferentes fases e atividades que compõem um projeto ajudam os estudantes a desenvolver a consciência sobre o próprio processo de aprendizagem.

Um alerta

Todo projeto precisa estar relacionado com os conteúdos, para não perder o foco. Além disso, é fundamental estabelecer limites e metas para a conclusão do trabalho.

Quer saber mais?
Transgressão e Mudança na Educação, Fernando Hernández,
152 págs., Ed. Artmed, tel. 0800 703-3444.

FONTE: http://novaescola.abril.com.br/ed/154_ago02/html/repcapa_qdo_hernandez.htm



domingo, agosto 19, 2007

CARTA AOS PROFESSORES: EM DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA - ESTA LUTA É DE TODOS!



Colega Educador,

Nos últimos 20 anos, nossa escola pública nunca esteve no centro das prioridades dos governos que passaram por este Estado. A violência escolar, a desvalorização dos profissionais, o desrespeito que os atingem constantemente e a falta de infra-estrutura são frutos de sucessivas políticas equivocadas.


Reajuste já!

Os trabalhadores em Educação estão há dois anos sem reajuste salarial.
A política de gratificações, bônus e abonos segue prejudicando os profissionais. A data-base do funcionalismo é 1º de março, mas até agora o governo não acenou com qualquer proposta ou mesmo abriu negociações. As salas de aula permanecem superlotadas e a grande maioria das escolas continua sem infra-estrutura.


SOS Educação!

Somente com união e mobilização podemos pressionar o Governo do Estado e reverter o atual quadro.

Vamos exigir o atendimento da nossa pauta:
reajuste salarial; respeito à data-base; piso salarial do DIEESE (R$ 1626,56em junho); extensão e incorporação das gratificações e bônus aos aposentados; máximo de 35 alunos por sala; dentre outros pontos.

Em 24 de agosto, os educadores vão parar a fim de exigir do governo o atendimentodas reivindicações conjuntas das entidades em defesa da escola pública e
pela valorização de seus profissionais. Sua participação é imprescindível!

Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo

Praça da República, 282 - CEP: 01045-000 - São Paulo SP

© Copyright APEOESP 2002/2007


CARTA AOS PAIS DE ALUNOS: EM DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA - ESTA LUTA É DE TODOS!



Queremos falar com pais e mães de alunos das escolas estaduais.

Por que a escola pública tem que ter qualidade?

A escola precisa assegurar uma adequada formação para crianças e jovens.
Essa formação pode ser a garantia para uma boa qualidade de vida e emprego.
A escola onde seu filho estuda está educando satisfatoriamente?

Acreditamos que não. Faltam funcionários e professores e os que estão
em atividade trabalham duplamente. As salas estão superlotadas e há
casos de violência.
Sabiam que por causa dos salários baixos, os profissionais
da educação chegam a trabalhar em três períodos?

A baixa remuneração dos profissionais da educação os leva a várias
jornadas de trabalho, muitas vezes, em mais de uma escola. O professor
do seu filho chega, em alguns casos, a lecionar para 20 turmas - cerca de
700 alunos! Isso impede que o professor se dedique integralmente, prejudicando
a aprendizagem.

Por isso, convidamos pais, mães e alunos a participarem desta luta que
é de todos nós, para recuperarmos a qualidade da escola pública.
Em 24 de agosto, vamos paralisar nossas atividades. Participem conosco,
a partir das 13 horas, na Praça da Sé.

Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo

Praça da República, 282 - CEP: 01045-000 - São Paulo SP

© Copyright APEOESP 2002/2007




A EDUCAÇÃO VAI PARAR!




AFUSE APASE APAMPESP APEOESP CPP UDEMO


As seis entidades do Magistério envolvidas na Campanha Salarial Unificada reuniram-se, nos últimos meses, para preparar as ações da segunda fase da Campanha. A principal delas é a grande manifestação do mês de agosto: a paralisação dos profissionais do Magistério no dia 24/08, com Ato Público na Praça da Sé, às 13 horas.
Também foi preparado material informativo da manifestação, como cartas aos pais e aos profissionais, arrolando os principais motivos do movimento, além do material de divulgação produzido, como cartazes e colete da campanha; este último, os profissionais deverão vestir na semana anterior ao Ato
Abaixo, algumas orientações da organização do movimento.]
Professor, participe. Vamos demonstrar a união e a força de todos os profissionais da educação.
CONSTITUIÇÃO DOS COMITÊS REGIONAIS UNIFICADOS DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO.


CAMPANHA SALARIAL 2007.


1. Os comitês serão organizados por Diretoria de Ensino.
2. Cada comitê deverá contar com um representante de cada entidade.
3. Cada comitê marcará reunião de 30 de julho à 03 de agosto para traçar estratégia de trabalho para Visitar as escolas da diretoria de ensino no período de 06 a 17 de agosto.
4. Planejar ações da semana de prontidão de 20 a 23 de agosto.


CARTA AOS PAIS E ALUNOS.

1. O comitê regional receberá as cartas aos pais necessárias para serem distribuídas.
2. Os profissionais de educação de cada escola deverão, na entrada ou saída de cada período, entregar a carta a população no período de 06 á 17 de agosto.
SUGESTÕES PARA ORGANIZAÇÃO LOCAL
1. Envolver os vereadores da região na nossa luta.
2. Procurar apoio dos Deputados regionais.
3. Divulgar a nossa luta nos meios de comunicação local.
4. Realizar atividades em praça pública.


Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo

Praça da República, 282 - CEP: 01045-000 - São Paulo SP

© Copyright APEOESP 2002/2007

domingo, julho 15, 2007